A Onça de Asas e outras peças apresenta cinco textos teatrais, incluindo peças autorais e adaptações de contos populares. “O casamento de dona Baratinha” e “A Bela e a Fera” fazem parte do imaginário infantil e juvenil: a jovem Baratinha encontra dinheiro e resolve escolher um

pretendente para se casar; já a bela moça, entregue a uma monstruosa fera depois de seu pai ter arrancado uma rosa de um jardim alheio para presenteá-la, descobre o amor para além da aparência física. No texto que abre a coletânea, “A Onça de Asas”, uma onça finge ter asas para amenizar seu aspecto selvagem e conquistar a simpatia dos que temem os felinos em geral; suas intenções são sinceras, apesar de outros animais duvidarem do seu real propósito. Em “A Sereia de Prata”, o personagem metade gente, metade peixe deseja encontrar esperança para se sentir feliz no mundo. “A bruxa dos espinheiros” conta o percurso do menino Nequinho para combater as maldades da bruxa Doroteia, que afetavam diretamente a natureza.

Este livro de Walmir Ayala contém peças curtas, divididas em atos e quadros, com diálogos rápidos e de fácil memorização, favorecendo a dramatização de cenas, ou mesmo a encenação do texto integral de alguma das peças.

Walmir Ayala nasceu em Porto Alegre (RS) em 4 de janeiro de 1933. A partir de 1956 residiu no Rio de Janeiro, onde faleceu em 28 de agosto de 1991. Publicou dezenas de livros, dos mais variados gêneros: poesia, romance, conto, crônica, memória, ensaio, teatro (para crianças e adultos), antologia crítica, adaptação e tradução. Conquistou os prêmios Monteiro Lobato, Olavo Bilac, Erico Verissimo, Nestlé de Literatura, Instituto Nacional do Livro, Jabuti etc. Muitos de seus poemas, contos e ensaios foram traduzidos para o inglês, espanhol, francês, italiano e alemão.

Elma nasceu em Recife (PE), mas vive há muitos anos em João Pessoa (PB). Sempre se encantou por atividades artesanais. Vem se dedicando exclusivamente à ilustração e a literatura infantil tem ocupado cada vez mais espaço em sua vida, principalmente depois que Elma se tornou avó. Em 2018, recebeu o Selo Distinção Cátedra 10 pela ilustração do livro Blimundo, o maior boi do mundo.

É autora de uma vasta obra ilustrada e recebeu inúmeros prêmios, tendo participado de diversos catálogos nacionais e internacionais. Além de ilustradora, Elma também escreve textos literários desde 2003, quando publicou seu primeiro trabalho, Trem chegou, trem já vai.

Entre o céu e a terra acontece este amor plenilunar, em que um homem comum se apaixona por uma das fases da Lua, pela sua luz. Numa noite especial e única, os dois se sentam à mesma mesa para um jantar, acompanhados das outras três fases, e o destino se dá num bilhete final.

Neste conto infantil, o autor explora a fantasia e a imaginação de forma lúdica, poética e sensível. O texto, escrito em primeira pessoa, com diálogos curtos entre o jovem e as faces da Lua, faz da narrativa, repleta de lirismo, uma leitura prazerosa que possibilita o conhecimento de temas como autoconhecimento, sentimentos e emoções humanas.

Rui de Oliveira é escritor, ilustrador e professor aposentado da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde lecionou durante 30 anos no curso de Comunicação Visual Design da Escola de Belas Artes. Ilustrou mais de 140 livros e projetou dezenas de capas para as principais editoras de literatura infanto-juvenil brasileiras, e é autor de seis filmes de animação, tendo recebido muitos prêmios por seu trabalho com animador e ilustrador. Entre eles por 4 vezes o Prêmio Jabuti de ilustração. Recebeu em 2006 o prêmio de literatura infanto-juvenil da Academia Brasileira de Letras com o seu livro Cartas Lunares. O escritor também foi duas vezes indicado, pela FNLIJ, ao prêmio Hans Christian Andersen/IBBY, considerado o Nobel da literatura infantil.