Poesia matemática conta a história do Quociente que se apaixona pela Incógnita. Como nos melhores romances, traçam planos, casam-se, constroem um lar, têm filhos e sonham com o infinito. Mas a felicidade é interrompida por um Máximo Divisor Comum... A variável traz ângulos para a relação que o casal desconhecia e a equação fica mais complexa de ser resolvida.

Em Poesia matemática, Millôr relaciona a poesia com a matemática de forma a narrar uma história criativa e original. O uso de metáforas e recursos de linguagem, em que brinca com o sentido literal e figurado de expressões matemáticas, traz leveza e humor para a história de amor.

As ilustrações de Ivan Zigg completam o texto trazendo ainda mais humor, leveza e diversão ao enredo. Zigg acrescenta elementos que complementam o imaginário do leitor, compondo o cenário que remete a uma dimensão fantástica e permite, por meio do jogo de palavras tão bem construído por Millôr, que fiquemos com os pés entre a realidade e a fantasia.

Millôr Fernandes nasceu em 16 de agosto de 1923 no Rio de Janeiro. Jornalista, escritor, tradutor, desenhista, humorista e dramaturgo, publicou mais de uma centena de livros, charges, peças de teatro e musicais e traduziu outras inúmeras delas em mais de sete décadas de atividade.

Conquistou notoriedade por suas colunas de humor em publicações como Veja, O Pasquim e Jornal do Brasil. Faleceu em 2012, aos 88 anos.Autodidata, também foi durante este tempo que, para complementar a renda, começou a fazer traduções do inglês, idioma que aprendeu em livros e dicionários. A primeira publicação autoral foi na revista A Cigarra, quando Frederico Chateaubriand, já observador do talentoso trabalho de Millôr, na época ainda o menino Milton, o chamou para ocupar com tiradas inteligentes e bem-humoradas uma página que cabia a um colaborador que havia atrasado a entrega. Com o pseudônimo de Vão Gogo, o sucesso foi tanto que virou seção fixa.

Ivan Zigg é especialista em escrever para crianças. Seus livros contribuem para o desenvolvimento do repertório imagético e para a ampliação do vocabulário dos pequenos, aguçam a curiosidade infantil e induzem ao hábito da leitura. Além de escritor, o autor é compositor, cantor, contador de histórias e ilustrador. Com mais de cem livros publicados, se dedica à democratização da leitura no Brasil e já recebeu o Prêmio Jabuti na categoria Ilustração para Livro Infantil (2004).

Entre o céu e a terra acontece este amor plenilunar, em que um homem comum se apaixona por uma das fases da Lua, pela sua luz. Numa noite especial e única, os dois se sentam à mesma mesa para um jantar, acompanhados das outras três fases, e o destino se dá num bilhete final.

Neste conto infantil, o autor explora a fantasia e a imaginação de forma lúdica, poética e sensível. O texto, escrito em primeira pessoa, com diálogos curtos entre o jovem e as faces da Lua, faz da narrativa, repleta de lirismo, uma leitura prazerosa que possibilita o conhecimento de temas como autoconhecimento, sentimentos e emoções humanas.

Rui de Oliveira é escritor, ilustrador e professor aposentado da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde lecionou durante 30 anos no curso de Comunicação Visual Design da Escola de Belas Artes. Ilustrou mais de 140 livros e projetou dezenas de capas para as principais editoras de literatura infanto-juvenil brasileiras, e é autor de seis filmes de animação, tendo recebido muitos prêmios por seu trabalho com animador e ilustrador. Entre eles por 4 vezes o Prêmio Jabuti de ilustração. Recebeu em 2006 o prêmio de literatura infanto-juvenil da Academia Brasileira de Letras com o seu livro Cartas Lunares. O escritor também foi duas vezes indicado, pela FNLIJ, ao prêmio Hans Christian Andersen/IBBY, considerado o Nobel da literatura infantil.